Vivo pensando como é importante se conhecer pra poder se relacionar. Às vezes me pego pensando sobre meus sentimentos, meus pensamentos e reações. Se conhecer não é como as pessoas pensam, tão complicado assim.
Me conhecer é saber que sinto sede depois do banho, e por isso sempre deixo água por perto. É saber que gosto de água como poucas pessoas. Gosto de certas marcas, outras não. Tudo combina com água pra mim e as pessoas acham isso meio doido.
É saber que não acordo de bom humor e preciso acordar por partes. Gosto de acordar no escuro e ir me acostumando com a luz, por isso adoro horário de verão. De manhã falo pouco e preciso de um tempo até o café da manhã.
É saber que adoro ver a vida de um jeito romântico. Dou valor ao que tenho e faço questão de dizer "como é bom ter você na minha vida". Gosto de dar presentes apaixonados pra quem me é indispensável.
É saber que sou mais orgulhosa do que gostaria de ser; que quero melhorar e poder desfrutar a vida sem me ater a coisas pequenas.
É saber que tem dias que minha cabeça e meu coração estão sem a mínima paciência e me deixo levar pela raiva. E saber que melhorei. Tem dias que me surpreendo comigo.
É saber que não consigo dormir com os pés gelados e que detesto sentir frio. Adoro um banho de sol...
É saber que não adianta lutar contra minha nostalgia. A saudade me invade das coisas que já vivi, dos lugares que conheci. Mas que isso não me impede de viver o que ainda vem pela frente.
É ter fé que a vida pode ser muito mais do que aquilo que a gente vive quando buscamos ser alguém melhor. É saber que aprendizagem não tem limite e isso nos faz ir além. Quando as pessoas dizem que um ser humano não conhece a força que tem e nem imagina do que é capaz, às vezes é simplesmente porque ainda não se permitiu crer que sonhos são possíveis.
Essa sou eu.
E você?
sexta-feira, 19 de abril de 2013
sábado, 23 de março de 2013
Ah... As lágrimas.
Ah... As lágrimas. Elas são tão fascinantes, vocês não acham?
Invadem nossos olhos e, sem querermos piscar para que não caiam, tornam turvas as nossas vistas. Tão turvas que podem nos impedir de ver a verdade, porque a tristeza distorce todos os outros sentimentos.
Quando você pisca e elas caem, escorrem pelo rosto e chegam na sua boca. Deixam aquele gosto salgado que é amargo demais para ser desfrutado. E de tão salgadas, não nutrem os nossos lábios secos pelo desespero de uma dor.
Às vezes escorrem até o peito, passando pelo coração. Numa tentativa vã de lavá-lo e levar embora a aflição. Sabe aquele dito que diz que o que os olhos não veem, o coração não sente? Na verdade é o que os olhos produzem aquilo que o coração vive. Se alegre, nossos olhos brilham; se triste, choram.
Eu costumo dizer que chorar lava a alma e sorrir alimenta o coração. É preciso saber a hora de banhar-se e a hora de alimentar-se. Os olhos de um alguém nunca mentem para aqueles que o conhecem.
E você, conhece bem os seus?
Invadem nossos olhos e, sem querermos piscar para que não caiam, tornam turvas as nossas vistas. Tão turvas que podem nos impedir de ver a verdade, porque a tristeza distorce todos os outros sentimentos.
Quando você pisca e elas caem, escorrem pelo rosto e chegam na sua boca. Deixam aquele gosto salgado que é amargo demais para ser desfrutado. E de tão salgadas, não nutrem os nossos lábios secos pelo desespero de uma dor.
Às vezes escorrem até o peito, passando pelo coração. Numa tentativa vã de lavá-lo e levar embora a aflição. Sabe aquele dito que diz que o que os olhos não veem, o coração não sente? Na verdade é o que os olhos produzem aquilo que o coração vive. Se alegre, nossos olhos brilham; se triste, choram.
Eu costumo dizer que chorar lava a alma e sorrir alimenta o coração. É preciso saber a hora de banhar-se e a hora de alimentar-se. Os olhos de um alguém nunca mentem para aqueles que o conhecem.
E você, conhece bem os seus?
sexta-feira, 22 de março de 2013
Um ser, mulher
Vim nadar e não sabia que só podia a partir das 18h. Agora tô aqui, boiando e refletindo um pouco pra variar. Sem saber o que fazer, sentei no banco do banheiro da academia e peguei meu celular pra ficar mexendo, enquanto não dá a hora de ir buscar um certo alguém.
O banheiro feminino é uma verdadeira arte de personalidades. Aliás, as mulheres são. Eu acho incrível as peculiaridades que podem ser notadas nas diferenças entre homens e mulheres. É claro que personalidades variadas existem em qualquer gênero - o tímido, o extrovertido, o nervoso, o paciente, e por aí vai. Mas, nas mulheres as características são mais acentuadas, eu acredito, porque os homens costumam ser mais simples e práticos.
Eu, mais do que ninguém, sei como é difícil entender a cabeça de uma - a minha dá um belo exemplo. Tem dia que eu quero dengo: procuro quem me faça carinho, fico me declarando aos quatro cantos e fico esperando um milhão de surpresas e palavras bonitas. Tem dias que - não me toque - qualquer movimento gera uma explosão. Outros eu fico melancólica, choro por qualquer coisa. E outros eu fico eufórica e ninguém entende a razão da minha alegria.
Ser uma bomba de ambulante de hormônio é assim: tem dias que eles ajudam e tem outros que eles arruinam tudo. É claro que se você cresceu aprendendo a ser zen e superpaciente - o que definitivamente não é o meu caso -, você sabe lidar melhor com suas variações de humor. A culpa não pode ser inteiramente deles, afinal.
Ser mulher é uma arte que nem todo homem sabe compreender. É uma arte que nós passamos a vida inteira pra aprender. É uma arte que só mulher, para fazer acontecer.
Feliz dias das mulheres atrasado :)
O banheiro feminino é uma verdadeira arte de personalidades. Aliás, as mulheres são. Eu acho incrível as peculiaridades que podem ser notadas nas diferenças entre homens e mulheres. É claro que personalidades variadas existem em qualquer gênero - o tímido, o extrovertido, o nervoso, o paciente, e por aí vai. Mas, nas mulheres as características são mais acentuadas, eu acredito, porque os homens costumam ser mais simples e práticos.
Eu, mais do que ninguém, sei como é difícil entender a cabeça de uma - a minha dá um belo exemplo. Tem dia que eu quero dengo: procuro quem me faça carinho, fico me declarando aos quatro cantos e fico esperando um milhão de surpresas e palavras bonitas. Tem dias que - não me toque - qualquer movimento gera uma explosão. Outros eu fico melancólica, choro por qualquer coisa. E outros eu fico eufórica e ninguém entende a razão da minha alegria.
Ser uma bomba de ambulante de hormônio é assim: tem dias que eles ajudam e tem outros que eles arruinam tudo. É claro que se você cresceu aprendendo a ser zen e superpaciente - o que definitivamente não é o meu caso -, você sabe lidar melhor com suas variações de humor. A culpa não pode ser inteiramente deles, afinal.
Ser mulher é uma arte que nem todo homem sabe compreender. É uma arte que nós passamos a vida inteira pra aprender. É uma arte que só mulher, para fazer acontecer.
Feliz dias das mulheres atrasado :)
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Dom
Há quem acredite que cada um de nós vêm com uma missão na vida. Para os céticos, eu diria que cada um de nós tem um dom que nos torna único, seja ele presenteado quando nascemos ou desenvolvidos quando crescemos. Religião, acaso, destino, qualquer que seja a crença, todos sabemos que existem diferenças entre as pessoas.
O fato é que o dom que nos é dado - ou que desenvolvemos - não é privado. Um dom é preciso ser compartilhado. Saber fazer bem uma coisa só dá frutos quando isso é doado. Já foi comprovado que o corpo humano rejeita solidão. Qual maior comprovação, que um dom é pra ser servido em comunhão?
Que graça tem a mágica sem o sorriso da plateia? Que magia tem um texto, se não é lido e refletido? Que emoção tem a arte - seja dança, seja teatro -, se não é admirada? Que propósito tem um médico sem alguém para curar? Que sabedoria será transmitida sem professores apaixonados?
Dons são pra ser cultivados, mas não pra dentro, pra todos os lados. Se o seu você ainda não tiver achado, não se preocupe, pois tem um guardado. Você não sabe qual ele é, mas todo mundo em volta sabe.
Um dom compartilhado é definitivamente um amor cultivado.
O fato é que o dom que nos é dado - ou que desenvolvemos - não é privado. Um dom é preciso ser compartilhado. Saber fazer bem uma coisa só dá frutos quando isso é doado. Já foi comprovado que o corpo humano rejeita solidão. Qual maior comprovação, que um dom é pra ser servido em comunhão?
Que graça tem a mágica sem o sorriso da plateia? Que magia tem um texto, se não é lido e refletido? Que emoção tem a arte - seja dança, seja teatro -, se não é admirada? Que propósito tem um médico sem alguém para curar? Que sabedoria será transmitida sem professores apaixonados?
Dons são pra ser cultivados, mas não pra dentro, pra todos os lados. Se o seu você ainda não tiver achado, não se preocupe, pois tem um guardado. Você não sabe qual ele é, mas todo mundo em volta sabe.
Um dom compartilhado é definitivamente um amor cultivado.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
O dom das palavras
Acordei com vontade de escrever hoje sobre uma coisa que tá na minha cabeça há um tempo.
O Caetano disse na música dele que "quando a gente gosta, é claro que a gente cuida". Durante a minha curta caminhada, já aprendi que existem situações tão devastadoras que cuidado nenhum pode curar uma dor. A dor de uma perda, a dor da saudade, a dor de um inconformismo... Nada disso pode ser curado, se esse alguém não quiser ser ajudado.
Porém, são muitas as vezes em que a dor do outro é sua também, tanto é o amor que a gente tem. No meu desespero de trocar uma lágrima por um riso tentei achar uma solução. Busquei, busquei... Me vi com um lápis na mão.
Não sei contar o número de vezes que escrevi para confortar um coração angustiado, fosse o meu ou de alguém do lado. Mas descobri que palavra nenhuma no mundo, ou mesmo o arranjo mais bonito que elas possam ter, tem efeito duradouro.
As palavras pertencem ao plano das teorias, o plano das fantasias. É mais fácil escrever do que fazer. No fim, o que vale mesmo é a intenção, porque - efêmeras ou não - vale o sorriso que causaram, o sentimento que despertaram e o amor que demonstraram. Elas podem não ter o poder de cura ou de ação, mas têm o de causar emoção.
Palavras são pra mim um bem precioso. Nelas eu guardo meus segredos, comemoro meus sucessos, confesso meus anseios, lamento minhas ilusões, conforto quem precisa e falo da vida...
Escolha bem a palavra proferida, ela, ás vezes, tem o poder de jamais ser esquecida.
O Caetano disse na música dele que "quando a gente gosta, é claro que a gente cuida". Durante a minha curta caminhada, já aprendi que existem situações tão devastadoras que cuidado nenhum pode curar uma dor. A dor de uma perda, a dor da saudade, a dor de um inconformismo... Nada disso pode ser curado, se esse alguém não quiser ser ajudado.
Porém, são muitas as vezes em que a dor do outro é sua também, tanto é o amor que a gente tem. No meu desespero de trocar uma lágrima por um riso tentei achar uma solução. Busquei, busquei... Me vi com um lápis na mão.
Não sei contar o número de vezes que escrevi para confortar um coração angustiado, fosse o meu ou de alguém do lado. Mas descobri que palavra nenhuma no mundo, ou mesmo o arranjo mais bonito que elas possam ter, tem efeito duradouro.
As palavras pertencem ao plano das teorias, o plano das fantasias. É mais fácil escrever do que fazer. No fim, o que vale mesmo é a intenção, porque - efêmeras ou não - vale o sorriso que causaram, o sentimento que despertaram e o amor que demonstraram. Elas podem não ter o poder de cura ou de ação, mas têm o de causar emoção.
Palavras são pra mim um bem precioso. Nelas eu guardo meus segredos, comemoro meus sucessos, confesso meus anseios, lamento minhas ilusões, conforto quem precisa e falo da vida...
Escolha bem a palavra proferida, ela, ás vezes, tem o poder de jamais ser esquecida.
domingo, 27 de janeiro de 2013
Morena da flor
Melissa tem os cabelos negros como a noite e os olhos cor de jabuticaba. Morena com cheiro de flor, por causa do perfume. Apaixonava-se facilmente... Tinha um sonho romântico do príncipe encantado.
Um dia, ofereceram-lhe um botão de rosa vermelho:
- Morena, pra nós todo amor do mundo.
Bastou. Encantou-se, é preciso dizer mais? Só que como a flor que é arrancada do jardim e morre, assim era aquele romance disfarçado de eternidade. Não por falta de amor, por falta de escolha.
- Não tem nada que eu possa dizer que faça mudar tua escolha?
Não, respondeu friamente o moço da rosa, apesar de na hora do adeus ter pedido um abraço e chorado lágrimas de arrependimento. Vai entender...
Um outro dia, bem distante daquele ali de cima, conheceu um amor tão puro que esqueceu de todos os outros. Nem sabe se foram amores... O moço da rosa voltou. Dessa vez deu uma de vidro, verde:
- É verdade que minha flor serviu pra que você achasse alguém?
Melissa não respondeu e também não disse adeus.
Duas pessoas não seguem caminhos diferentes por conta de um capricho do destino ou atalhos do acaso. É muito comum ter uma parte que escolhe pela outra. Nesse caso, sem opção, o que fazer, senão tentar esquecer? É assim que as pessoas que fazem parte da nossa vida, passam a ser lembranças e depois vestígios.
Escolher ficar com quem você ama, sabendo de todos os riscos e dificuldades que existem no amor, é a escolha mais nobre que um ser humano pode fazer.
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Branquinho charmoso
De branco, só os cabelos – lindos, por sinal – e a pele. O resto todo são cores: vivas e enérgicas.
A começar pela voz. A voz de radialista forte e grave que brada a todo instante. Nos domingos de manhã nos traz as notícias mais importantes. Na pia, enquanto lava as louças, nos canta um canto nordestino de Gonzaga: “já faz três noites que no norte relampeia (...)”. Do computador, a voz lê de tudo um pouco. Mas, a parte que eu mais gosto é quando chama: “ô Letícia”, com aquele sotaque especial.
A alma é nata de um Tôrres: agitadíssima e às vezes bem nervosa. É teimosa e muito brincalhona. É dengosa e também sabichona. É uma alma pela qual todo mundo se apaixona. Sandália de couro nos pés, shorts, blusa social de manga curta, óculos escuros e – os acessórios indispensáveis – pente e caneta no bolso. Charme puro! Se chama vovô Zezinho, meu fã número 1.
Não importa o quão bonito eu possa escrever, palavra nenhuma no mundo pode expressar meu amor por você. Ele é grande demais pra caber aqui, como o mar que não cabe na sua janela.
Como é gostoso ter você na minha vida, branquinho charmoso.
É meu jeito de dizer: parabéns pra você! Te desejo toda sabedoria que alguém pode ter, porque saber é o que lhe dá mais prazer!
Eu queria que você vivesse mais 70 anos...
Te amo, Lelê.
A começar pela voz. A voz de radialista forte e grave que brada a todo instante. Nos domingos de manhã nos traz as notícias mais importantes. Na pia, enquanto lava as louças, nos canta um canto nordestino de Gonzaga: “já faz três noites que no norte relampeia (...)”. Do computador, a voz lê de tudo um pouco. Mas, a parte que eu mais gosto é quando chama: “ô Letícia”, com aquele sotaque especial.
A alma é nata de um Tôrres: agitadíssima e às vezes bem nervosa. É teimosa e muito brincalhona. É dengosa e também sabichona. É uma alma pela qual todo mundo se apaixona. Sandália de couro nos pés, shorts, blusa social de manga curta, óculos escuros e – os acessórios indispensáveis – pente e caneta no bolso. Charme puro! Se chama vovô Zezinho, meu fã número 1.
Não importa o quão bonito eu possa escrever, palavra nenhuma no mundo pode expressar meu amor por você. Ele é grande demais pra caber aqui, como o mar que não cabe na sua janela.
Como é gostoso ter você na minha vida, branquinho charmoso.
É meu jeito de dizer: parabéns pra você! Te desejo toda sabedoria que alguém pode ter, porque saber é o que lhe dá mais prazer!
Eu queria que você vivesse mais 70 anos...
Te amo, Lelê.
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