sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Departamento de Antropologia

Até hoje eu não sei o porquê aconteceu. Teve um dia que eu quis muito entender, no outro até gostaria de saber e hoje já nem ligo. Faz tempo tanto que não sinto tua pele, ou nem ao menos ouço tua voz. É verdade, não nego, passaram as horas mas não muda meu amor, é como se fosse ontem. Hoje só não sei quem você é em mim, e então é confusão? Também não sei se a sua deslembrança é saudade ou alívio. A interrogação que tu me deixaste no testamento foi o que ficou. Se um dia minha visão embaraçada estalar, talvez a minha interpretação das tuas palavras mude. Não sai de mim nem hoje nem nunca essa dúvida danada. Mas juro, já nem ligo.

12/08/07

Um ano passou, a visão estalou, e tudo mudou.
A diferença agora é que é uma dúvida danad íssima.
Continuo andando de bobeira, dançando sonhadoramente, afundando em sorrisos...
Juro que já nem ligo, afinal, ver um filme de novo já não te traz os mesmos sentimentos que outroras tiveras. Porém, saber o final não me impede de querer, extravasar querer, vê-lo novamente.
Mas juro, já nem ligo.

domingo, 3 de agosto de 2008

Conjuntos do tempo

Tô com raiva. Morrendo de raiva. Não das horas que teimam em ser consecutivas, mas dos segundos que teimam em não serem passado. E dos conjuntos de minutos que teimam em transformar sua cabeça em incertezas. Sim porque se você não sabe, quanto mais você pensa, mais você percebe que na verdade não sabe nada que quer. Não por causa do total de conjunto de minutos que você pensou, mas sim por causa da importância vivida nas horas consecutivas e da saudade sentida dos segundos passados. Cada milésimo que passa ata minhas mãos (os segundos a libertariam por serem muito extensos), e vejo minha ausência afastar-me de você. A pior distância que um homem pode conhecer é aquela que afasta dois corações de forma que mesmo que estejam próximos, não se reconhecerão. Quando na verdade eles só sabiam reconhecer as horas, os segundos, os conjuntos de minutos, e os milésimos, juntos. Vai me dizer você, que não sabia que amar é entregar-se ao tempo?
Entendeu alguma coisa?
Tô com raiva.

03/08/08

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Você não sabe o que se passa aqui por dentro

Já viu qaundo a gente escreve muito forte em um papel, e o papel debaixo fica todo marcado? Tem feridas que são assim, basta um leve toque dos dedos para sentir sua existência. Tem amores que são assim, basta o leve toque na alma para perceber sua presença. Tem momentos que são assim, crava tão fundo o peito que o coração não esquece, e por isso têm vontade própria. Aparecem como filme na sua frente a hora que bem entendem, e não minto: não há senha que os bloqueie. Dizem por aí que tem um solução na fórmula chamada tempo, mas ela é falha. Porque amar não é sinônimo de esquecer, e sim relembrar. Sabe a ferida ali da segunda linha? Essa o tempo leva, assim como o papel se desfaz. Mas a lembrança, meu caro, essa vive toda vez que algum elemento que cravou teu peito o suficiente vem te visitar. Às vezes incomoda lembrar tanto, mas acredite - antes sorrir ou chorar por lembrar do que não ter nada para sentir.

01/08/08