quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Geração vai-e-vem

Deixa-me dizer uma coisa que penso. Muita gente diz que amor não é amor se não dura pra sempre. Particulamente acho que isso é mero clichê para pessoas que são orgulhosas demais para admitir que foi bom, mas acabou. Principalmente quando é a parte que sofre mais. Vinícius de Moraes foi muito feliz em citação no seu Soneto de Fidelidade (já leu? Não? Google it, leia):

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Que seja infinito enquanto dure. Nem a vida é eterna, que dirá um amor. Mas isso não o torna menor que a vida, nem o torna medíocre. Acredito que existem vários tipos de amores. Esse negócio de fazer diferença entre gostar, amar, adorar, na minha visão é mera convenção social em alguns casos. A verdade é que na maioria das vezes as pessoas têm medo de admitir o que sentem.

Todo mundo apaixona-se e desapaixona-se e isso, pra mim, é um circuito natural da vida. Mesmo aqueles que são casados durantes anos têm seus momentos de amores e desamores. Porque duas pessoas não vivem em eterna harmonia, isso significaria a perfeição. Somos humanos e falhos. A convivência traz dificuldades, e sim, elas existem para serem superadas, mas nem sempre. É por isso que os namoros acabam e os casamentos também. Não porque as pessoas foram fracas e não souberam lidar com isso, talvez porque já lidaram tantas vezes que se esgotaram. Todos nós temos um limite... E isso não faz com que sejamos covardes. Muito pelo contrário, eu diria que poucos têm a audácia de enfrentar uma dura verdade: a de que não consegue mais levar adiante algo. Muitos preferem o comodismo e levam a coisa do jeito que está, com medo de mudar.

É muito tênue a linha entre saber se vale a pena lutar mais um pouquinho e saber se já deu, já foi. Ainda mais quando essa escolha tem que ser pra dois.

Já ouviu dizer que as pessoas não entram nas nossas vidas por um acaso? Pois é, elas também não saem por um acaso.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Filtro de bom senso.

Todo mundo tem um lado podre, não adianta negar. Aqueles que negam são os fracos, não têm habilidade de admitir que defeitos fazem parte mas não são significados de impotência ou incapacidade. Fracos são aqueles que não são humildes e não sentem a dor do outro. Infelizmente, muitas vezes são eles que detém poder. Entretanto, o fato de que você tem um poder não significa que pode abusar dele. Não sei se a autoridade sobe à cabeça e eles se transformam ou se já eram defeituosos desde sempre... Fracos são aqueles que gritam e berram a um ponto que não dê pra ouvir os que argumentam, ou não sei se eles simplesmente ignoram mesmo. Mas alguns têm a audácia de pedir silêncio... Isso não é uma confissão revoltada, é só um desabafo indignado. É tão óbvio que não se pode exigir algo que você próprio não tem. Essa atidude não condiz. E é além de contraditória, arrogante. Tô errada? Muito errada? Pouco errada? A verdade é que no mundo o que mais tem é gente assim. Elas às vezes não são más por inteiro, mas só quando você tem sorte. A solução que eu encontrei é que em vez de olhar pro espelho delas e apontar o que elas talvez já saibam, devo eu olhar pro meu e tentar ser uma pessoa melhor.