quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Riso Triste

Eu tinha por volta de uns quinze anos quando me apaixonei perdidamente pela mulher mais linda de todos aqueles ranchos. O nome dela era Sofia. Mas ela só como amigo me via... Lá na fazenda éramos só nós dois e o mundo lindo de natureza que tinha lá. Fazíamos tudo juntos. O plantio, a colheita, a escola e as lições... Até que um dia chegou um homem lá naquelas bandas. Um moço bonito, charmoso... Mas muito traiçoeiro, logo se via. Tinha fama muito ruim. Mas Sofia se encantou... E o deslumbramento disfarçou direitinho o fingimento. Cada passo que ela dava até ele, era um passo que se distanciava de mim. Eu, eu.. Eu tentei avisar! Eu cheguei a implorar! Sofia me xingava cafona, careta. E minha preocupaçāo era tão grande que chegou num ponto de um conformismo inconformado.. Que era que eu podia fazer? As escolhas erradas são sempre certas na sua própria vista. Eu amava tanto que de noite, chorava rezando pedindo que não fosse tarde demais quando se arrependesse de suas escolhas. E choro até hoje...

A moral da história é que só existe uma pessoa capaz de convencer você a mudar de ideia: você mesmo. Alguns se importam o bastante pra levar em consideraçāo o que existe em volta. Os restantes desses, ainda nāo descobriram o que importa de verdade. E desses, alguns descobrem tarde demais...

Impotência não vem ao caso quando suas mãos estão atadas, não pela situação.. Mas pela própria pessoa.
Aquela que não vê, não ouve e não fala.
E mesmo assim você ama.
Com aquele riso triste.