sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sobre idas e vindas

Me perdoe, leitor, se acaso os meus temas são recorrentes, mas de vez em quando os sentimentos me obrigam a desabafar. Há quem diga que as pessoas vêm na nossa vida, cumprem o papel que lhes cabe cumprir e então devem seu rumo seguir. Até aí tudo bem, é sempre bom aprender. É um processo por vezes tão intenso que fica difícil esquecer. Não as lições, mas a passagem. E quando a saudade bate a gente fica sem saber o que fazer. Fica querendo reverter o parecer final daquela sessão da vida. Sentir saudade assim é sinônimo de que é possível guardar carinho de uma coisa que já foi, não é mais, e provavelmente jamais será a mesma. E aí como faz? Na distância fica a relutância, apareço ou simplesmente me esqueço? Porque mesmo que manifeste minha vontade, a verdade é que algumas pessoas vão, e voltam, outras nem mesmo se importam. É difícil se desfazer do que um dia foi tanto querer, mas o desapego vira sossego. Só que os humanos têm a estranha mania de guardar na memória toda história que lhes atinge em cheio o peito. É que não tem jeito. As pessoas vêm e vão. E o que fica é o seu coração.