sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Chefia,

As palavras faladas não são bem a minha parada... É que as escritas, não que sejam mais bonitas, fazem com que eu reflita... E escrever pra mim não é normal, tem que ser para alguém especial. Aqui deixo com clareza tudo que quero dizer com firmeza. É firme minha certeza da sua fineza.
Da minha cabeça não saiu as palavras que você proferiu: "Agora eu posso chorar...". Ainda bem, sabe porque? Ora,ora... Humano aquele quem chora! A verdade é que eu faria riminhas a eternidade só pra ver em ti um rastro de felicidade.
É delicado o momento, tenho de reconhecer. Mas a força do pensamento tem poder! Fato que querer não é poder, mas batalhar pode ser! Lutar não é sempre ganhar ou perder. E a tentativa é, sim, uma nobre saída. Afinal, aquele que tentou ao menos se esforçou. E do esforço surge o progresso, nem sempre imediato sucesso.
E a vida é assim, caminhando e aprendendo. Às vezes ganhando, às vezes perdendo. Dê valor ao que importa e a alegria vem bater na sua porta. Faz parte da caminhada tu teres sido machucada, magoada. Se eu pudesse sofria por ti, mas como não posso, te faço sorrir. Se pudesse te confortava mais que com meras palavras. Nem tudo em um passe de mágica se resolverá, mas pensa que com muitas pessoas você contará! Junte suas forças e eu te darei as minhas; tudo há de se resolver.
As coisas ruins jogue fora, um novo tempo começa agora. O de lutar e trabalhar. Dizem que existem motivos para as pessoas passarem no nosso caminho... Quem sabe o meu não foi lhe deixar esse textinho bobinho só pra dizer que no final fica tudo bem.
Acredite positivo porque a fé move montanhas.
Um beijo carinhoso, Lê.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Tudo ou nada?

O papo hoje é sobre esperar tudo ou nada. Tanto faz se de uma situação ou de alguém. É um verdadeiro dilema... Qual o melhor lema? Nada esperar e não se esborrachar, ou esperar demais e acabar sem nada que o satisfaz?
Do cidadão que prefere não esperar, diz-se que é morto. Porque quem não espera, não crê. Quem não crê, não sonha. E quem não sonha, não vive... E ainda taxam-no de medíocre e covarde. Mas querer se proteger é tão grande pecado para ser assim condenado? Aquele que não espera nada, de tudo e de todos, de fato carrega um vazio sem fim. Existe uma linha muito tênue entre esperar nada, alguma coisa e muita coisa. Essa linha são gestos, palavras, acontecimentos... Por menores que sejam, podem virar um jogo.
Do cidadão que espera demais, diz-se que é um iludido. Porque vários esperam muito e fazem pouco. E quando fazem, não o fazem de coração, mas sim esperando retribuição. É natural querer uma resposta, mas cada um tem seu jeito de ter a face exposta. Esperar demais requer paciência, maturidade, mas a verdade é que esperar demais combina mais com ansiedade. Expectativas frustradas deixam muitas pessoas machucadas.
É difícil esperar num meio termo. Porque ou se espera algo, ou não se espera nada. Para algumas ocasiões, algumas soluções. Parar e ver além. Reparar. E refletir. O que eu espero, é muito, é pouco? Vale a pena? E se eu já tenho e quero mais? Preciso? Ficar indeciso não ajuda. Por isso que a gente para e escreve textos meio confusos como esse...
O que eu queria mesmo era não esperar tão pouco que me tornasse vazia, nem esperar tão mais que fosse sangria.   

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pra quem vai seu abraço?

Onde eu trabalho foi iniciado um trabalho muito interessante. Todos os dias pela manhã, por volta das nove horas, um grupo de fisioterapeutas nos convidam a participar de uma série de alongamentos, bem curtinha.
Cada dia eles fazem exercícios diferentes. Hoje foi realmente um dia diferente de execícios. Ao final dos alongamentos, uma das fisioterapeutas pediu que fechássemos os olhos e a ouvissem dar instruções. Quando começou a falar, ela pediu que nós pensássemos em alguém que gostaríamos de abraçar, alguém que amássemos muito. "Pensem em alguém que por algum motivo não está mais aqui, ou porque foi morar com Papai do céu, ou porque mora em algum país muito distante. Alguém que você não vê todo dia", disse ela. "Agora fecha os braços em torno do corpo, como se estivesse abraçando alguém de fato. E manda nesse abraço todo o amor que tem dentro de você pra essa pessoa", finalizou.
Tenho três tias de fato. Uma eu vejo sempre, então ela já tem o meu abraço... Meu abraço foi para as minhas duas tias que restaram. Uma mora bem longe de mim e as vezes a vida me faz esquecer o quanto eu sinto falta dela... Mandei meu abraço. Com todo amor do mundo. Pensei no tanto de sorriso que ela já meu deu... A outra, mora mais longe ainda, num lugar que nenhum avião consegue chegar. Confesso que dessa, tenho fracas lembranças. Mas não por isso a amo menos. A lembrança forte que tenho é do brilho que ela deixou na vida das pessoas em que passou. Desse eu sei, e bem. Aliás, bem me lembro agora que a última coisa que ela me deixou em vida, e que não sai nunquinha da minha cabeça, foi um belo dum abraço. Olhando agora para aquele momento, parece até que posso escutar o abraço falando o quanto ela me amava e gostaria de viver pra me ver crescer. Pra ela também mandei todo o amor do mundo... E sei que ela recebeu.
E você, mandou seu abraço pra quem?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Refletindo demais?

          O que dizem é que o tempo corre depressa. Mesmo? Ou na verdade só não temos tempo de parar para refletir? Afinal, é fato que reflexões acarretam mudanças. Por vezes tão grandes que geram abalos... Sísmicos! Um pedido de perdão. Uma mudança radical de vida. Até  mesmo uma transformação brusca. Outras provocam deliciosas surpresas. Um telefonema cujo timbre é aquela voz da saudade se esvaindo. Um sorriso que chega inesperado. Ou uma declaração de amor... Dessas reflexões nascem atitudes, muitas vezes, necessárias. Atitudes que podem se disfarçar, em um primeiro momento, de levianas, mas que com o tempo se mostram sólidas. 
          Lembrei-me daquela pessoa falando como o mundo parece ter medo de viver. E vive do passado. Pensando alto, ela refletiu das diferenças tão grande que existem na maturidade das idades. E continuou divagando sobre como as experiências da vida fazem de nós o que somos. Me contou que ia aprender a nadar com 30 anos. Sabe porquê? Porque quando tinha 12 quase se afogou. Nessa hora eu pensei: as pessoas que vivem do passado são aquelas genuinamente covardes. A coragem deveria ser característica intrínseca do ser humano àvido por conhecimento. Porque é arriscando que se erra, e é errando que se aprende.
          Refletir nos dá oportunidade de entender o que quer que esteja se passando dentro da gente. E deixar de refletir pode passar de um mero descuido para um verdadeiro descaso. Nem sempre as conclusões são agradáveis, no entanto, identificar as ideias que passam pelas nossas cabeças podem evitar muito prejuízo. Pois ter a certeza do que se pensa é saber se defender a qualquer custo.
          O que eu queria mesmo no final era que as pessoas fossem sensíveis o suficiente para fazer acontecer. Porque tudo aquilo que não fica resolvido, incomoda.
          E a pergunta para qual eu gostaria de ter uma resposta... As lembranças do passado, faz-se o que com elas?

Um beijo ao meu sempre presente no blog e mais querido revisor vovô Zezinho.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

E a falsidade?

Foi na mesa do almoço de hoje que comecei a pensar sobre o assunto. Começou-se a falar sobre gasturas esquisitas que certas pessoas têm: um barulho de giz no quadro, da madeira do picolé ou do gelo acumulado do freezer da geladeira. E foi assim que me perguntaram: e você Letícia, tem gastura do quê? Respondi - Eu? Tenho gastura de gente hipócrita.

Eis que surgiu a minha dúvida. Diz-se por hipocrisia o fingimento de certas ações próprias. As vezes, ser omisso quanto a um ponto pode ser interpretado como fingimento. Aonde está o limiar da omissão por respeito e da omissão por hipocrisia? Sim, porque uma coisa é ser omisso para preservar um bom relacionamento, respeitando as diferenças. Outra coisa completamente diferente é você ser omisso, e na verdade pensar coisas degenerativas sobre aquele alguém e mesmo assim agir como se tudo estivesse nos eixos. E posso ser chata, mas novamente chego à grande questão: que sinceridade é tudo dentro de um relacionamento. Fica claro que a partir do momento que eu escolho te dizer o que me apraz ou não, é uma escolha sua me contar ou deixar de contar o que quer que seja. Não cabe a mim julgar ou criticar, pois a função de um amigo não diz respeito a uma obrigação como esta. E sim, a uma compreensão dentro do limite do respeito. Uma orientação eu esperarei de ti, assim como lhe darei a minha se um limite for ultrapassado. O limite ético e moral, a meu ver. Que é vulnerável entre um indivíduo e outro, mas a sociedade concorda, em sua maioria, com alguns termos.

Sobre a falsidade? Muitas vezes é falta de diálogo. Mas tem gente que não tem remédio não, parece que nasceu pra isso...     

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sobre o companheirismo. Já falei dele?

É impressionante o número de reclamações que as pessoas fazem da vida. Sempre tem uma coisa incomodando, nunca estamos satisfeitos. Não é querendo criticar não, é que venho percebendo as reclamações e como realmente viver não é fácil. Nossas primeiras preocupações surgem nos deveres de casa, trabalhos e provas. Depois o vestibular. A faculdade é outro universo de preocupações, porque mesmo quando termina deixa questões pra serem resolvidas. O primeiro trabalho, o estabelecimento de uma vida. Confesso que a imaturidade inocente e fatídica da adolescência atrapalha muito na hora de enxergar as soluções. O início de uma vida adulta acalma as tempestades, mas não faz sumir as nuvens do céu. No entanto, todo dia nasce um novo tempo. E, estando as nuvens carregadas ou não, podemos parar para refletir. Ter uma razão pela qual viver é a fonte da força para a eterna batalha que travamos contra os obstáculos que surgem. A busca por esta razão se dá através de um longo e complexo processo de maturação e autoconhecimento. A vitória, então, é fruto de um caminho percorrido por muita reflexão e esforço.

A minha razão de viver está no amor que sinto pela minha família, os meus amigos, e aquele que percebi ser o melhor companheiro que poderia desejar. Relacionar-se, a dois, dá trabalho e requer uma atenção especial. Mas dividir a sua vida com alguém é também transformá-la para melhor, se você assim o souber fazer. A sinceridade solidifica um sentimento de tal maneira que os obstáculos, por maiores que pareçam ou sejam, são os detalhes da foto principal. Onde o que se vê é o desejo de viver, e sentir-se completo na presença daquele outro. 

Com a modernidade, as pessoas parecem ter esquecido, ou desaprendido, como é importante amar e querer ser amado. Já não falam mais sobre seus sentimentos, e nem sequer se dão ao trabalho de declarar-se. Não com palavras somente. Com um gesto, um olhar, ou um toque que seja. Desdenham do amor, e o acham piegas.

Pois elas é que não sabem como é mais fácil viver quando se tem amor. Eu falo mesmo, sou completamente apaixonada pelos meus pais. Pelo meu irmão. Pelos meus avós. E pela pessoa que me transforma todos os dias, que me faz querer ser alguém melhor, e cujo desejo - já deixou mais que claro - é me fazer feliz. Amo você Pê. A vida já estava nos eixos com as melhores pessoas ao meu redor, quando você chegou significou-os com uma magia nunca imaginada por mim.

Uma saudade sem fim

LÊ:

RECIFE TE ESPERA........

Recife te espera de braços abertos quando o verão oficial acontecer de verdade. Suas pontes Limoeiro, Duarte Coelho, Maurício de Nassau, Princesa Izabel, Buarque de Macedo, Capunga e ponte 6 de março, a famosa ponte velha, também te esperam.Impacientes estão os shoppings Recife, Tacaruna, Plaza Casa Forte, Guararapes, Boa Vista e o sofisticado Paço Alfândega para recebê-la com seu charme brasiliense. As praias de Boa viagem e Pieade, pedaços onde tua presença será sentida, te aguardam ansiosamente. Recomendam que não se preocupe com a presença de tubarões, pois os acontecimentos fortúitos que têm ocorrido, devem-se mais a falta de cuidados e atenções dos banhistas afoitos que adentram as profundezas do mar morno do nosso nordeste.

Vem, vem para as belezas naturais do estado que serviu de berço natal para tua mãe. Vem conhecer o Instituto Ricardo Brennand com o seu castelo medieval guardando no seu interior uma das mais ricas coleções de armas do mundo.

Vem comer tapioca com côco preparada por tua vó Socorro, vem pra dar um pulo até Olinda e lá da Sé avistar o Recife do outro lado, naquele mesmo local onde o donatário Duarte Coelho, primeiro colonizador português de Pernambuco disse:
"O linda situação para se edificar uma cidade".

Vem, estamos te esperando de braços abertos como sepre fizemos todos os finais de ano.

RECIFE TE ESPERA.UM BEIJO DO VÔ ZEZINHO
(Em 02, de outubro, de 2004)

E eu espero Recife...

domingo, 8 de agosto de 2010

Escrever para abstrair

Parece óbvio que toda história tem três lados, a do lado direito, a do lado esquerdo, e no centro: a verdade. O que acontece de fato é que a verdade varia tanto de mente pra mente que acaba se tornando meio abstrata. E aí você se questiona sobre qual é mesmo a escolha que deve fazer. Porque uma coisa é você defender a sua verdade, e assim não negar a si mesmo. Mas existem outras verdades que contradizem esta mesma que você acredita ser verdade. Na hora de escolher só uma verdade deve sobressair-se: aquela que é intimamente sua, e não aquela partilhada por terceiros. Ao final do dia sempre chega aquele momento em que tomamos partido e os terceiros vos surpreenderão. É, portanto, sensato e lógico defender os seus próprios princípios. Princípios estes, obviamente, que não serão partilhados por todos. É na maneira como essa resistência se apresenta que devemos tomar cuidado, o respeito não pode faltar. Respeitar as diferenças não é tão simples como diz a frase de três mínimas palavrinhas. Afinal, o ético e moral variam tanto de pessoa para pessoa, como a verdade de mente para mente. Nessa trama toda, uma coisa permanece imutável: a postura que tomamos ao fazer uma escolha. Pois é a partir dela que as consequências surgem e dificilmente voltam no tempo. A palavra ou o ato proferido não voltam atrás, e dependendo do lado da história resta uma escolha: pedir perdão ou saber perdoar. 
É muito difícil defender uma causa, da mesma forma que parece-me impossível impô-la a alguém. Eu fico em cima do muro, me decidi, ja não me importo se a banda cair. Sento pra ver a banda passar, se alguém cair ajudo a levantar. A plateia ao meu lado vou sustentar, seus olhos atentos permitem me achar. E me achando é que eu vejo quão bobo foi meu cortejo, e minha ingenuidade ao achar que no fundo a verdade prevaleceria o verbo amar. Mas já não se fazem amores como antes, e procuro, sem fim, uma saída adiante. Logo ali no horizonte vou achar tudo que quero, que da banda eu nada espero. Nem mesmo um pingo de esmero. E levo isso a lero-lero.       

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sentimentos Extremistas

Ouvi dizer que do mesmo jeito que é difícil perdoar, também é foda pedir perdão. E que amar também é saber lidar com a decepção!
Só que a raiva paira no ar, daí perdemos a razão. E aí tem tudo pra estragar nossa reflexão.
Mas nada de desanimar, não, não. Se é no errar que aprendenmos a lição... Resta esperar, que o erro reconhecerão.
Mas de quem é o erro, já se olhou no espelho?
É camarada... Pensar demais, não tá com nada? Mas no fim da história o tempo vai passar, e quem tem q fazer acontecer é você.
Porque se vc sentar pra ver a banda passar, adeus resolução.

(...)

Me diz se vc concorda que o ser humano não sabe lidar com sentimentos extremistas.
Quando está com muita raiva, diz coisas que não tinha intenção real de dizer.
Quando está com muito desejo, faz coisas que não deveria fazer.
Quando está muito triste, pensa e acredita em coisas que tão absurdas que é impossível crer.
Mas algumas pessoas simplesmente não entendem q não podem enxergar mto bem em momentos como esse...E deixam que a razão as levem à loucura.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Sobre todos os dias

Tem tanto tempo que eu não venho aqui, me esqueci como um dia me diverti fazendo disso aqui um universo particular.
É que os dias vão passando, as horas se amontoando e gente vai andando, trabalhando, namorando, vivendo ... E quando se dá conta tanto tempo já passou.
Os anos vão passando e a gente se pega lembrando do que pra trás foi ficando.
Esses dias ouvi dizer que nem todo sofrimento é aprendizado.
E faz sentido, porque algumas pessoas permanecem nos erros, ignorantes que são.
Outras sabem subir o próximo degrau ...

beijo pra todo mundo.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Sobre os acontecimentos

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Letícia Tôrres para PatinhoW, 09:20 (2 horas atrás)

A tristeza embaça a visão
E raiva a cega, tem dó não!
E nessas horas, cadê que ajuda a reflexão?
Pra lutar com esse batalhão
Me resta só pedir perdão

Pelo erros que cometi
Pelas falhas que não resisti
Pela mágoa que causei a ti
Pelo sorriso que desisti
Por tudo que me esqueci
quando na batalha me perdi

Não cabe nos versos o que eu gostaria de lhe falar
São tantas as coisas pra me desculpar
Mas sobrenome de ser humano é, por vezes, falhar
Uso todas as minhas energias em tentar
Te fazer o homem mais feliz desse lugar
Mas nem isso as vezes é o suficiente
Porque somos gente ...
Somos falhos.

Mas errar faz parte de crescer
Não sei se deu pra perceber
Que você
É o professor que sempre precisei ter
Que me ensina com todo amor do mundo
As lições que, no fundo
Só contigo aprenderia

Gmail
PatinhoW para mim, 11:18 (11 minutos atrás)

Sinto sim o teu amor a cada dia que passa, e ele aumentando, assim como o meu amor por você.
Como eu poderia te ensinar a escrever uma coisa tao linda dessas?
nem em meus dias mais inspirados eu consigo escrever um texto assim.

Gmail
Letícia Tôrres para PatinhoW, 11:30 (agorinha mesmo)

Você me ensina só por existir ...
(:

eu te amo muito sabia?

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sobre quebra-cabeças

Eu queria compartilhar as maravilhas de um quebra-cabeça. Eu me lembro muito, muito bem, de quando era ainda pequena e via meu pai quase todos os dias debruçado sobre a mesa da sala tentando encaixar aquelas minúsculas peças de um quebra-cabeça de nada mais, nada menos, que três mil peças. Eu pensava com toda certeza do mundo que ele ia desistir no meio da caminho, e que não ia terminar aquilo ali de jeito nenhum, ou eu não me chamava Letícia. E aí um dia, maravilhada porque ele já estava quase no fim, pensei: "Isso aqui deve ser muito bom... Porque se meu pai teve paciência de montar tudo isso, só pode ter uma razão - deve ser, no mínimo, legal". Lá estava eu, sentada numa das cadeiras olhando categoricamente as peças e tentando encaixar pelo menos uma - umazinha sequer. Pois não se passaram cinco minutos até eu perder a minha paciência e pensar: "Eu hein, credo! Que coisa mais chata!". E por um bom tempo não pensei em quebra-cabeças. Nem meu pai, aquele lá foi o último que me lembre, que o vi montando. Certo dia deparei-me com um quebra-cabeça sendo montado na casa do meu tio. Meus priminhos de 8 e 9 anos estavam tentando montá-lo: 500 peças, uma foto de animais no polo antártico, muito lindo por sinal. No outro dia quando eu voltei lá, o quebra-cabeça estava na caixa. Pedi permissão pra levá-lo e fazer uma nova tentativa. Eu precisava de alguma coisa pra passar o tempo. Depois desse montei, também em 500 peças, um navio, a Santa Ceia, em mil peças, e agora estou começando o Castelo na Neve, em 1500 peças. Nunca monto sozinha, quem está por perto sempre se deixa contagiar e me ajuda. Minha família, amigos, o namorado, e até mesmo visitas. De tato montar quebra-cabeças comecei a refletir. Se você passa um dia inteiro montando, no final do dia está cansado e já quase não consegue montar. Mas se você volta lá no outro dia a sua energia se renova. Fiquei pensando se fosse assim também na vida ... Se todo mundo tentasse com tanto ardor, como tentamos montar um quebra-cabeça, encaixar as peças da vida tudo seria mais simples. É preciso saber a hora de tentar e parar. É preciso saber a hora de correr atrás do prejuízo ou também a hora de relaxar o juízo. É preciso saber ajudar e saber ser ajudado, pedir ajuda. É preciso saber a hora de refletir, de ter mais paciência, ou de batalhar pela competência. É preciso saber das escolhas, as consequências. É preciso de vez em quando sair das meras reticências. E buscar o que no fundo parece impossível, mas que você sabe que um dia tornará-se crível. Montar um quebra-cabeça é fazer uma analogia da vida, porque é difícil você deixar um pela metade assim como na vida você não gostamos de coisas inacabadas. Se falta uma peça, você busca por ela pra se sentir completo. Se as peças são muito parecidas, fica difícil tomar uma decisão. A diferença é que nas peças da vida, dependendo de como você escolhe encaixá-las, você revoluciona a sua e a dos outros também.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sobre idas e vindas

Me perdoe, leitor, se acaso os meus temas são recorrentes, mas de vez em quando os sentimentos me obrigam a desabafar. Há quem diga que as pessoas vêm na nossa vida, cumprem o papel que lhes cabe cumprir e então devem seu rumo seguir. Até aí tudo bem, é sempre bom aprender. É um processo por vezes tão intenso que fica difícil esquecer. Não as lições, mas a passagem. E quando a saudade bate a gente fica sem saber o que fazer. Fica querendo reverter o parecer final daquela sessão da vida. Sentir saudade assim é sinônimo de que é possível guardar carinho de uma coisa que já foi, não é mais, e provavelmente jamais será a mesma. E aí como faz? Na distância fica a relutância, apareço ou simplesmente me esqueço? Porque mesmo que manifeste minha vontade, a verdade é que algumas pessoas vão, e voltam, outras nem mesmo se importam. É difícil se desfazer do que um dia foi tanto querer, mas o desapego vira sossego. Só que os humanos têm a estranha mania de guardar na memória toda história que lhes atinge em cheio o peito. É que não tem jeito. As pessoas vêm e vão. E o que fica é o seu coração.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Refazendo votos

Sentir é uma coisa complicada porque não dá pra colocar em palavras. É complicado porque é tudo muito diferenciado. Uns sentem de menos e outros sentem demais, aí já viu a confusão que isso faz. Uns sentem e não sabem demonstrar. Ou são os outros que não sabem enxergar? E os que sentem exagerado, estão errados? Eles sempre são desacreditados porque sentem diferente de muita gente. Sentimentos complicados ... Uma vez partilhados, facilmente dilacerados. Mas veja por outro lado, sentimento é onde está tudo baseado. Constroem sonhos e alimentam amores. São eles que nos dão a dica pro que fica. Se os sorrisos dão às lágrimas a vez, vale a pena essa insenatez? (Sempre digo isso pra elas). Quando o orgulho dá lugar ao silêncio, vale a pena esse lamento? O ciúme muitas vezes não se deixa ver, e você sem perceber deixa que ele ache o pior lugar que ele merecia ter. A fraqueza do homem está em achar que ao se manifestar verdadeiramente enfraquece, quando na verdade engrandece e consequentemente fortalece. Tolo aquele que por essa história não se enaltece, porque no fim essa é a verdade que prevalece. Ache alguém pra lhe dizer que as pessoas hoje em dia não amam como deveriam porque não acharam a pessoa certa para amar como achou você. Declare-se, por que não? É dessa sinceridade que se faz uma relação.

sábado, 16 de janeiro de 2010

O banco

Não, não venha me dizer que tudo passou
A aurora nasceu e tudo que sei
Vai além de onde estou

Quero ver os passos daquela menina
Aonde vão dar
Deixe-me em paz, não vou me atrasar

As pegadas antes firmes no chão
Agora não passam de flutuação
Ela se perdeu numa outra paixão

Continuo sentada no banco da praça
O segundo, o minuto, a hora se passa
E tudo o que sei vai além de outro amor

Novembro de 2006.

Não sei se vocês vão gostar, mas como estou a muito tempo sem postar é só pra dar um colher de chá ...
Gosto desse não por causa da construção em si, mas por causa da musicalidade =)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

...

Quando o som do lápis no papel invade meus ouvidos, tudo mundo afora fica esquecido, os pensamentos ficam esclarecidos fazendo completo sentido ... Ah essa sinfonia da poesia, me fascina essa fantasia, essa magia de sintonia ...
Já é tarde ...
Mas se o mundo pudesse ver as palavras como eu as vejo ...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Os últimos serão os primeiros

Tempo de boas festas pra mim de certa forma sempre foi sinônimo de surpresas. Não necessariamente ruins ou boas. O mais surpreendente é receber saudações de quem você menos esperava. Ou botar um ponto final aonde não era possível colocar nada. Mas ainda mais surpreso que é a atitude que alguns decidem tomar, é descobrir como você reage a elas. É que nem eu vi esses dias em um episódio de um seriado onde disseram que algumas vezes você não sente falta de alguém, mas falta de como aquela pessoa conseguia te fazer sentir. E aí eu descobri essa busca eterna do prazer de uma companhia pode ser sempre resgatada se bem valorizada. O sorriso pode nunca mais ser o mesmo, mas que importa se o carinho não muda?