domingo, 28 de julho de 2013

Até logo?

É possível viver uma vida inteira de adeus, e nunca aprender a dar um? É fato consumado que no curso do tempo temos que nos despedir de muitas coisas, e na grande maioria das vezes não há escolha.

Guimarães Rosa disse que despedir dá febre. Dá febre porque ninguém escolhe se despedir, a vida é assim mesmo. Por maior que sejam as nossas crenças, por mais fortes que sejamos, ou por mais que você tente se preparar... Nunca estamos prontos pra dizer adeus. Cada pessoa se despede no tempo de Deus.

Despedir-se dá febre, mas febre dá e passa. Só fica doente da saudade, quem deixar o amor calar.

É como quando a gente viaja pra algum lugar que é como um lar: na hora de despedir a gente tenta se convencer que é um até logo, mas sente como se fosse um adeus. De tanto vir, sabemos que um dia não haverá para onde voltar, senão só para as lembranças do nosso coração.

O percurso do tempo é mutante: a gente dá as boas vindas, compartilha, se despede, e espera voltar um dia de novo. Porque pra aprender, a vida é infinita.