sábado, 23 de março de 2013

Ah... As lágrimas.

Ah... As lágrimas. Elas são tão fascinantes, vocês não acham?

Invadem nossos olhos e, sem querermos piscar para que não caiam, tornam turvas as nossas vistas. Tão turvas que podem nos impedir de ver a verdade, porque a tristeza distorce todos os outros sentimentos.

Quando você pisca e elas caem, escorrem pelo rosto e chegam na sua boca. Deixam aquele gosto salgado que é amargo demais para ser desfrutado. E de tão salgadas, não nutrem os nossos lábios secos pelo desespero de uma dor.

Às vezes escorrem até o peito, passando pelo coração. Numa tentativa vã de lavá-lo e levar embora a aflição. Sabe aquele dito que diz que o que os olhos não veem, o coração não sente? Na verdade é o que os olhos produzem aquilo que o coração vive. Se alegre, nossos olhos brilham; se triste, choram.

Eu costumo dizer que chorar lava a alma e sorrir alimenta o coração. É preciso saber a hora de banhar-se e a hora de alimentar-se. Os olhos de um alguém nunca mentem para aqueles que o conhecem.

E você, conhece bem os seus?

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