De branco, só os cabelos – lindos, por sinal – e a pele. O resto todo são cores: vivas e enérgicas.
A começar pela voz. A voz de radialista forte e grave que brada a todo instante. Nos domingos de manhã nos traz as notícias mais importantes. Na pia, enquanto lava as louças, nos canta um canto nordestino de Gonzaga: “já faz três noites que no norte relampeia (...)”. Do computador, a voz lê de tudo um pouco. Mas, a parte que eu mais gosto é quando chama: “ô Letícia”, com aquele sotaque especial.
A alma é nata de um Tôrres: agitadíssima e às vezes bem nervosa. É teimosa e muito brincalhona. É dengosa e também sabichona. É uma alma pela qual todo mundo se apaixona. Sandália de couro nos pés, shorts, blusa social de manga curta, óculos escuros e – os acessórios indispensáveis – pente e caneta no bolso. Charme puro! Se chama vovô Zezinho, meu fã número 1.
Não importa o quão bonito eu possa escrever, palavra nenhuma no mundo pode expressar meu amor por você. Ele é grande demais pra caber aqui, como o mar que não cabe na sua janela.
Como é gostoso ter você na minha vida, branquinho charmoso.
É meu jeito de dizer: parabéns pra você! Te desejo toda sabedoria que alguém pode ter, porque saber é o que lhe dá mais prazer!
Eu queria que você vivesse mais 70 anos...
Te amo, Lelê.
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