sábado, 4 de outubro de 2008
Uma confissão de momento
Não sei bem o que lhe dizer esta noite. Quando escolhemos e podamos demais nossas palavras e isso for sinal de confusão, o momento não é certo para usá-las. Mas, você há de concordar comigo que às vezes as pessoas sentem, e sabem o que sentem, só que preferem acreditar que estão confusas. Ou por terem medo de magoar o outro, ou a si mesmo. Sinceridade no jogo do amor não era pra ser motivo de incertezas, e sim soluções. Ter medo de se entregar, e deixar as borboletas da sua barriga falarem mais alto é normal. Privar-se de sinceridade, não. Se minhas palavras soam confusas, perdoa-me. Quero dizer muita coisa e ao mesmo tempo não dizer nada, não é assim que funciona? "Hoje eu mandei mensagem, então amanhã não vou ligar, e daqui a dois dias eu mando outra mensagem ... Se ele ligar, deixo toca um pouco o telefone ..." Não entra na minha cabeça as regras desse jogo, quando na realidade elas não deveriam existir. Amor não se faz, acontece.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Um não que é um sim
Não quero te querer
Pra não me aborrecer
Nem pense em me fazer
Aos seus charmes ceder
Não quero me envolver
Nem em seus braços me aquecer
Também não quero te ter ...
Quanta ilusão tecer
Mentiras pra tentar esquecer
Verdades que fazem meu peito arder.
Pra não me aborrecer
Nem pense em me fazer
Aos seus charmes ceder
Não quero me envolver
Nem em seus braços me aquecer
Também não quero te ter ...
Quanta ilusão tecer
Mentiras pra tentar esquecer
Verdades que fazem meu peito arder.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Uma lenda que deixou de ser lenda
Pare um pouquinho. Agora leia e pense comigo.
Certos acontecimentos são tão puramente cravados em seu coração que o sorriso é reflexo direto dessas memórias. De tal jeito engrandecem a alma que são capazes de nos fazer relembrar e sentir o momento em que se deu tal fato.
Estávamos saindo do cinema quando percebi, contrariadíssima, que meu cadarço estava desamarrado. Que saco, já era a décima milionésima vez que teria que amarrar aquele bregueço. Pensei em um brevíssimo instante de tempo em pedir pra ele amarrar. Logo caí em mim - lógico que não, que abuso né senhorita, por favor. Apesar de contrariada e preguiçosa comecei a me abaixar. E na mesma hora parei. Lá estava ele amarrando, sem pestanejar ou ao menos ter visto algum sinal de pedido meu. Leu meus pensamentos sem que eu percebesse. E quando se levantou encontrou em mim o sorriso mais bobo do mundo. Encontre um homem que amarre seus cadarços e me diga se aqueles laços causaram embaraços dentro da sua barriga. Posso senti-los até hoje. E houve quem dissesse estar feliz por eu ter provado do romantismo de um homem.
Certos acontecimentos são tão puramente cravados em seu coração que o sorriso é reflexo direto dessas memórias. De tal jeito engrandecem a alma que são capazes de nos fazer relembrar e sentir o momento em que se deu tal fato.
Estávamos saindo do cinema quando percebi, contrariadíssima, que meu cadarço estava desamarrado. Que saco, já era a décima milionésima vez que teria que amarrar aquele bregueço. Pensei em um brevíssimo instante de tempo em pedir pra ele amarrar. Logo caí em mim - lógico que não, que abuso né senhorita, por favor. Apesar de contrariada e preguiçosa comecei a me abaixar. E na mesma hora parei. Lá estava ele amarrando, sem pestanejar ou ao menos ter visto algum sinal de pedido meu. Leu meus pensamentos sem que eu percebesse. E quando se levantou encontrou em mim o sorriso mais bobo do mundo. Encontre um homem que amarre seus cadarços e me diga se aqueles laços causaram embaraços dentro da sua barriga. Posso senti-los até hoje. E houve quem dissesse estar feliz por eu ter provado do romantismo de um homem.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Nascer do sol e o fusca preto
Meus olhos cansados e tomados pelo sono de repente se reintegraram ao sentir um vislumbre da magia do nascer do sol. E eu que minutos antes pensei que nada me faria despertar dentro daquele minúsculo fusca e seu balanço contínuo, que mais parecia um sonífero, mais uma vez fui pega de surpresa com a mania que a vida tem de nos surpreender a todo instante. Como era magnífica aquela visão. Às cinco da manhã os tons alaranjados-rosas cobriam as nuvens fazendo delas uma verdadeira obra de arte. E os olhos antes quase adormecidos, e decididos a dormir, se fixaram ali um instante. Um longo e vago instante, como crianças com ar de perplexidade diante da descoberta de algo curioso. Não pensei em nada, não queria pensar em nada. Mas sabe, cheguei à conclusão que seu coração quase nunca te obedece. Bastou eu inspirar o ar gélido daquela manhã e com os ventos me alisando os cabelos senti uma pontada de dor. Aquela temível dor que vinha tentando evitar desde que pisei no avião e em todo o trajeto de volta pra casa. Não uma dor física, é aquela dor de ter perdido alguém amado. O nascer do sol trazia consigo a frase que ardia em meu peito dolorido: como eu sinto, e sentirei eternamente a tua falta.
Agosto/06
Agosto/06
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Lágrimas
Esses dias eu estava trabalhando, lá na recepção da loja, quando me chega essa bonita senhora, de olhos claros, cabelhos já grisalhos, bem rechonchuda. No rosto, um sorriso comum, sorriso aparentemente alegre. Sim, porque existem os sorrisos disfarçados de tristeza se tu não sabes. Lá se foi uma hora de festa, e eu ocupada com minhas coisas não a percebi passando novamente pela recepação, agora para fora da festa. Como de costume, saí da recepção para procurar as estrelas e a lua, minhas companheiras nas noites solitárias e monótonas da recepção. E lá estava ela, de costas, fumando. E ela olhava pra cima. O que não é comum. Eu sou a doida que fica olhando pra cima brincando de achar estrelas, as pessoas estão sempre ocupadas demais para isso ... Quando ela me vira com o rosto debrulhando em lágrimas. Levei um susto. Fiz uma estrela de origami pra ela, e disse que lágrimas são lindas. São vestígios de que uma pessoa é realmente humana. A curiosidade até agora me segue ... No dia seguinte, andando pela rua, passou por mim uma jovem moça, cabelos curtos negros e presos... Também com o rosto debrulhando em lágrimas. A esta nada pude dizer. E fiquei me perguntando porque as lágrimas estariam me aparecendo. As vezes a vida tenta nos dizer coisas tão sutilmente, e o cotidiano nos torna cego. Eu continuo sem saber o porque das lágrimas ... Mas parar pra refletir sobre isso já é uma grande avanço.
E você já refletiu hoje?
E você já refletiu hoje?
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Departamento de Antropologia
Até hoje eu não sei o porquê aconteceu. Teve um dia que eu quis muito entender, no outro até gostaria de saber e hoje já nem ligo. Faz tempo tanto que não sinto tua pele, ou nem ao menos ouço tua voz. É verdade, não nego, passaram as horas mas não muda meu amor, é como se fosse ontem. Hoje só não sei quem você é em mim, e então é confusão? Também não sei se a sua deslembrança é saudade ou alívio. A interrogação que tu me deixaste no testamento foi o que ficou. Se um dia minha visão embaraçada estalar, talvez a minha interpretação das tuas palavras mude. Não sai de mim nem hoje nem nunca essa dúvida danada. Mas juro, já nem ligo.
12/08/07
Um ano passou, a visão estalou, e tudo mudou.
A diferença agora é que é uma dúvida danad íssima.
Continuo andando de bobeira, dançando sonhadoramente, afundando em sorrisos...
Juro que já nem ligo, afinal, ver um filme de novo já não te traz os mesmos sentimentos que outroras tiveras. Porém, saber o final não me impede de querer, extravasar querer, vê-lo novamente.
Mas juro, já nem ligo.
12/08/07
Um ano passou, a visão estalou, e tudo mudou.
A diferença agora é que é uma dúvida danad íssima.
Continuo andando de bobeira, dançando sonhadoramente, afundando em sorrisos...
Juro que já nem ligo, afinal, ver um filme de novo já não te traz os mesmos sentimentos que outroras tiveras. Porém, saber o final não me impede de querer, extravasar querer, vê-lo novamente.
Mas juro, já nem ligo.
domingo, 3 de agosto de 2008
Conjuntos do tempo
Tô com raiva. Morrendo de raiva. Não das horas que teimam em ser consecutivas, mas dos segundos que teimam em não serem passado. E dos conjuntos de minutos que teimam em transformar sua cabeça em incertezas. Sim porque se você não sabe, quanto mais você pensa, mais você percebe que na verdade não sabe nada que quer. Não por causa do total de conjunto de minutos que você pensou, mas sim por causa da importância vivida nas horas consecutivas e da saudade sentida dos segundos passados. Cada milésimo que passa ata minhas mãos (os segundos a libertariam por serem muito extensos), e vejo minha ausência afastar-me de você. A pior distância que um homem pode conhecer é aquela que afasta dois corações de forma que mesmo que estejam próximos, não se reconhecerão. Quando na verdade eles só sabiam reconhecer as horas, os segundos, os conjuntos de minutos, e os milésimos, juntos. Vai me dizer você, que não sabia que amar é entregar-se ao tempo?
Entendeu alguma coisa?
Tô com raiva.
03/08/08
Entendeu alguma coisa?
Tô com raiva.
03/08/08
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