quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Uma lenda que deixou de ser lenda

Pare um pouquinho. Agora leia e pense comigo.
Certos acontecimentos são tão puramente cravados em seu coração que o sorriso é reflexo direto dessas memórias. De tal jeito engrandecem a alma que são capazes de nos fazer relembrar e sentir o momento em que se deu tal fato.
Estávamos saindo do cinema quando percebi, contrariadíssima, que meu cadarço estava desamarrado. Que saco, já era a décima milionésima vez que teria que amarrar aquele bregueço. Pensei em um brevíssimo instante de tempo em pedir pra ele amarrar. Logo caí em mim - lógico que não, que abuso né senhorita, por favor. Apesar de contrariada e preguiçosa comecei a me abaixar. E na mesma hora parei. Lá estava ele amarrando, sem pestanejar ou ao menos ter visto algum sinal de pedido meu. Leu meus pensamentos sem que eu percebesse. E quando se levantou encontrou em mim o sorriso mais bobo do mundo. Encontre um homem que amarre seus cadarços e me diga se aqueles laços causaram embaraços dentro da sua barriga. Posso senti-los até hoje. E houve quem dissesse estar feliz por eu ter provado do romantismo de um homem.

2 comentários:

Anônimo disse...

Imagino que, além dos laços na barriga você tenha tido um nó na garganta - no seu lugar, eu certamente teria. É engraçado como tem gente que lê os nossos pensamentos sem a gente nem se dar conta de coisa nenhuma.
Beijão, Lelê!
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Anônimo disse...

Filha, melhor do encontrar o calçado certo na caminhada da vida, é encontrar alguém que nos ajude a caminhar com ele sem tropeçar! Bjão Mamãe