segunda-feira, 17 de junho de 2013

Infantil

Era uma vez um menino imbecil
A mãe disse - faz isso não, cuidado
E não deu outra, ele fez e caiu
Cortou a língua e ficou tudo inchado
O resultado?
Um bom tempo sem conseguir comer e se fazer entender

Era uma vez um menino imbecil
A mãe disse - por favor, faz assim não
Mas... Ele foi lá e? Fez. Pra mãe ele riu
Caiu e bateu com a cabeça no chão
Como se saiu?
Corre pro hospital, tá passando mal? Fica em observação...

Era uma vez um menino imbecil
A mãe disse - quer fazer? Vai lá e faz
Foi lá e fez, nada adiantava mais
Dessa vez foi um olho roxo que ficou
Mas a essa altura, ninguém se preocupou

Era uma vez um menino imbecil
A mãe já não dizia mais nada
Porque esgotou-se de ficar preocupada

Era uma vez um menino IMBECIL
Ele decidiu a vida que seguiu
A mãe visitou-lhe no caixão
Deu-lhe um adeus e o perdão

Afirmar que não se pode deixar o comportamento alheio te perturbar é fantasia. O ser humano é um poço de críticas... Alguns se afundam nelas, ficam cegos e acreditam que só as suas verdades valem. Outros sabem politizar, mas não sem ter a sua própria opinião. O restante, que não é nem um, nem outro, só passa pela vida sem deixar a marca das suas pegadas.

Conter um grito de raiva é tão difícil quanto tentar lidar com o que você não acredita. A diferença é que aquele extravasa enquanto este pondera. E às vezes não é simplesmente uma questão de escolha: se seu coração sente e a mente concorda, acorda... Você já perdeu.

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