quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Refletindo demais?

          O que dizem é que o tempo corre depressa. Mesmo? Ou na verdade só não temos tempo de parar para refletir? Afinal, é fato que reflexões acarretam mudanças. Por vezes tão grandes que geram abalos... Sísmicos! Um pedido de perdão. Uma mudança radical de vida. Até  mesmo uma transformação brusca. Outras provocam deliciosas surpresas. Um telefonema cujo timbre é aquela voz da saudade se esvaindo. Um sorriso que chega inesperado. Ou uma declaração de amor... Dessas reflexões nascem atitudes, muitas vezes, necessárias. Atitudes que podem se disfarçar, em um primeiro momento, de levianas, mas que com o tempo se mostram sólidas. 
          Lembrei-me daquela pessoa falando como o mundo parece ter medo de viver. E vive do passado. Pensando alto, ela refletiu das diferenças tão grande que existem na maturidade das idades. E continuou divagando sobre como as experiências da vida fazem de nós o que somos. Me contou que ia aprender a nadar com 30 anos. Sabe porquê? Porque quando tinha 12 quase se afogou. Nessa hora eu pensei: as pessoas que vivem do passado são aquelas genuinamente covardes. A coragem deveria ser característica intrínseca do ser humano àvido por conhecimento. Porque é arriscando que se erra, e é errando que se aprende.
          Refletir nos dá oportunidade de entender o que quer que esteja se passando dentro da gente. E deixar de refletir pode passar de um mero descuido para um verdadeiro descaso. Nem sempre as conclusões são agradáveis, no entanto, identificar as ideias que passam pelas nossas cabeças podem evitar muito prejuízo. Pois ter a certeza do que se pensa é saber se defender a qualquer custo.
          O que eu queria mesmo no final era que as pessoas fossem sensíveis o suficiente para fazer acontecer. Porque tudo aquilo que não fica resolvido, incomoda.
          E a pergunta para qual eu gostaria de ter uma resposta... As lembranças do passado, faz-se o que com elas?

Um beijo ao meu sempre presente no blog e mais querido revisor vovô Zezinho.

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