segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Sobre o companheirismo. Já falei dele?

É impressionante o número de reclamações que as pessoas fazem da vida. Sempre tem uma coisa incomodando, nunca estamos satisfeitos. Não é querendo criticar não, é que venho percebendo as reclamações e como realmente viver não é fácil. Nossas primeiras preocupações surgem nos deveres de casa, trabalhos e provas. Depois o vestibular. A faculdade é outro universo de preocupações, porque mesmo quando termina deixa questões pra serem resolvidas. O primeiro trabalho, o estabelecimento de uma vida. Confesso que a imaturidade inocente e fatídica da adolescência atrapalha muito na hora de enxergar as soluções. O início de uma vida adulta acalma as tempestades, mas não faz sumir as nuvens do céu. No entanto, todo dia nasce um novo tempo. E, estando as nuvens carregadas ou não, podemos parar para refletir. Ter uma razão pela qual viver é a fonte da força para a eterna batalha que travamos contra os obstáculos que surgem. A busca por esta razão se dá através de um longo e complexo processo de maturação e autoconhecimento. A vitória, então, é fruto de um caminho percorrido por muita reflexão e esforço.

A minha razão de viver está no amor que sinto pela minha família, os meus amigos, e aquele que percebi ser o melhor companheiro que poderia desejar. Relacionar-se, a dois, dá trabalho e requer uma atenção especial. Mas dividir a sua vida com alguém é também transformá-la para melhor, se você assim o souber fazer. A sinceridade solidifica um sentimento de tal maneira que os obstáculos, por maiores que pareçam ou sejam, são os detalhes da foto principal. Onde o que se vê é o desejo de viver, e sentir-se completo na presença daquele outro. 

Com a modernidade, as pessoas parecem ter esquecido, ou desaprendido, como é importante amar e querer ser amado. Já não falam mais sobre seus sentimentos, e nem sequer se dão ao trabalho de declarar-se. Não com palavras somente. Com um gesto, um olhar, ou um toque que seja. Desdenham do amor, e o acham piegas.

Pois elas é que não sabem como é mais fácil viver quando se tem amor. Eu falo mesmo, sou completamente apaixonada pelos meus pais. Pelo meu irmão. Pelos meus avós. E pela pessoa que me transforma todos os dias, que me faz querer ser alguém melhor, e cujo desejo - já deixou mais que claro - é me fazer feliz. Amo você Pê. A vida já estava nos eixos com as melhores pessoas ao meu redor, quando você chegou significou-os com uma magia nunca imaginada por mim.

Um comentário:

Unknown disse...

Modernidade sufoca.