terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Traduzindo olhares

Vago por todos os lugares que você imaginar, e nunca estou ausente. Aconteço as vezes intensamente, mas também sei me esconder onde só os sensíveis podem me achar. Tem uns que me mostram facilmente e outros parecem não me querer, porém sou inevitável. Posso estar em todo lugar: nos olhos, no toque, nas palavras ou no ar. Alguns poucos, com muito custo, até conseguem me enjaular, mas pra grande maioria sou paticurlamente indomável. Um mínimo deslize e lá estou diante de você novamente. E tente me subestimar... Sou mais forte do que pensas. Sou lembrança, sou carinho, e sou todos os seus medos e desejos. Ora sou certeiro, ora sou indecifrável. Minha transparência pode agradar ou não. Posso até te induzir à ilusão. Sabem quem sou?

Sou seu sentimento ...

2 comentários:

Davi Miranda disse...

Meu sentimento? Eu jamais o subestimei. Entre ele e a razão, não penso duas vezes...

Eu o revelo facilmente quando quero, mas às vezes ele transparece sem pedir licença.

Geralmente ele me surge no olhos, pra depois aparecer entre as palavras e, finalmente, no toque.

Jamais consegui domá-lo.

Anônimo disse...

Eu não consigo não me lembrar de uma vez em que me disseram que o bom texto não é aquele que você lê, mas aquele que lê você. E isso acontece com TODOS os seus textos, Lelezinha. É incrível o dom que você tem de ler as pessoas - e traduzi-las - com os seus textos.
Tem um texto no meu blog que eu acho que você vai gostar. Depois procura lá por "Olhos". Ah! Isabela é irmã da Ivete. ^^ Depois preciso te contar a história que rendeu aquele texto.
Beijão, Lelezinha!
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