quinta-feira, 18 de março de 2010

Sobre os acontecimentos

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Letícia Tôrres para PatinhoW, 09:20 (2 horas atrás)

A tristeza embaça a visão
E raiva a cega, tem dó não!
E nessas horas, cadê que ajuda a reflexão?
Pra lutar com esse batalhão
Me resta só pedir perdão

Pelo erros que cometi
Pelas falhas que não resisti
Pela mágoa que causei a ti
Pelo sorriso que desisti
Por tudo que me esqueci
quando na batalha me perdi

Não cabe nos versos o que eu gostaria de lhe falar
São tantas as coisas pra me desculpar
Mas sobrenome de ser humano é, por vezes, falhar
Uso todas as minhas energias em tentar
Te fazer o homem mais feliz desse lugar
Mas nem isso as vezes é o suficiente
Porque somos gente ...
Somos falhos.

Mas errar faz parte de crescer
Não sei se deu pra perceber
Que você
É o professor que sempre precisei ter
Que me ensina com todo amor do mundo
As lições que, no fundo
Só contigo aprenderia

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PatinhoW para mim, 11:18 (11 minutos atrás)

Sinto sim o teu amor a cada dia que passa, e ele aumentando, assim como o meu amor por você.
Como eu poderia te ensinar a escrever uma coisa tao linda dessas?
nem em meus dias mais inspirados eu consigo escrever um texto assim.

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Letícia Tôrres para PatinhoW, 11:30 (agorinha mesmo)

Você me ensina só por existir ...
(:

eu te amo muito sabia?

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sobre quebra-cabeças

Eu queria compartilhar as maravilhas de um quebra-cabeça. Eu me lembro muito, muito bem, de quando era ainda pequena e via meu pai quase todos os dias debruçado sobre a mesa da sala tentando encaixar aquelas minúsculas peças de um quebra-cabeça de nada mais, nada menos, que três mil peças. Eu pensava com toda certeza do mundo que ele ia desistir no meio da caminho, e que não ia terminar aquilo ali de jeito nenhum, ou eu não me chamava Letícia. E aí um dia, maravilhada porque ele já estava quase no fim, pensei: "Isso aqui deve ser muito bom... Porque se meu pai teve paciência de montar tudo isso, só pode ter uma razão - deve ser, no mínimo, legal". Lá estava eu, sentada numa das cadeiras olhando categoricamente as peças e tentando encaixar pelo menos uma - umazinha sequer. Pois não se passaram cinco minutos até eu perder a minha paciência e pensar: "Eu hein, credo! Que coisa mais chata!". E por um bom tempo não pensei em quebra-cabeças. Nem meu pai, aquele lá foi o último que me lembre, que o vi montando. Certo dia deparei-me com um quebra-cabeça sendo montado na casa do meu tio. Meus priminhos de 8 e 9 anos estavam tentando montá-lo: 500 peças, uma foto de animais no polo antártico, muito lindo por sinal. No outro dia quando eu voltei lá, o quebra-cabeça estava na caixa. Pedi permissão pra levá-lo e fazer uma nova tentativa. Eu precisava de alguma coisa pra passar o tempo. Depois desse montei, também em 500 peças, um navio, a Santa Ceia, em mil peças, e agora estou começando o Castelo na Neve, em 1500 peças. Nunca monto sozinha, quem está por perto sempre se deixa contagiar e me ajuda. Minha família, amigos, o namorado, e até mesmo visitas. De tato montar quebra-cabeças comecei a refletir. Se você passa um dia inteiro montando, no final do dia está cansado e já quase não consegue montar. Mas se você volta lá no outro dia a sua energia se renova. Fiquei pensando se fosse assim também na vida ... Se todo mundo tentasse com tanto ardor, como tentamos montar um quebra-cabeça, encaixar as peças da vida tudo seria mais simples. É preciso saber a hora de tentar e parar. É preciso saber a hora de correr atrás do prejuízo ou também a hora de relaxar o juízo. É preciso saber ajudar e saber ser ajudado, pedir ajuda. É preciso saber a hora de refletir, de ter mais paciência, ou de batalhar pela competência. É preciso saber das escolhas, as consequências. É preciso de vez em quando sair das meras reticências. E buscar o que no fundo parece impossível, mas que você sabe que um dia tornará-se crível. Montar um quebra-cabeça é fazer uma analogia da vida, porque é difícil você deixar um pela metade assim como na vida você não gostamos de coisas inacabadas. Se falta uma peça, você busca por ela pra se sentir completo. Se as peças são muito parecidas, fica difícil tomar uma decisão. A diferença é que nas peças da vida, dependendo de como você escolhe encaixá-las, você revoluciona a sua e a dos outros também.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sobre idas e vindas

Me perdoe, leitor, se acaso os meus temas são recorrentes, mas de vez em quando os sentimentos me obrigam a desabafar. Há quem diga que as pessoas vêm na nossa vida, cumprem o papel que lhes cabe cumprir e então devem seu rumo seguir. Até aí tudo bem, é sempre bom aprender. É um processo por vezes tão intenso que fica difícil esquecer. Não as lições, mas a passagem. E quando a saudade bate a gente fica sem saber o que fazer. Fica querendo reverter o parecer final daquela sessão da vida. Sentir saudade assim é sinônimo de que é possível guardar carinho de uma coisa que já foi, não é mais, e provavelmente jamais será a mesma. E aí como faz? Na distância fica a relutância, apareço ou simplesmente me esqueço? Porque mesmo que manifeste minha vontade, a verdade é que algumas pessoas vão, e voltam, outras nem mesmo se importam. É difícil se desfazer do que um dia foi tanto querer, mas o desapego vira sossego. Só que os humanos têm a estranha mania de guardar na memória toda história que lhes atinge em cheio o peito. É que não tem jeito. As pessoas vêm e vão. E o que fica é o seu coração.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Refazendo votos

Sentir é uma coisa complicada porque não dá pra colocar em palavras. É complicado porque é tudo muito diferenciado. Uns sentem de menos e outros sentem demais, aí já viu a confusão que isso faz. Uns sentem e não sabem demonstrar. Ou são os outros que não sabem enxergar? E os que sentem exagerado, estão errados? Eles sempre são desacreditados porque sentem diferente de muita gente. Sentimentos complicados ... Uma vez partilhados, facilmente dilacerados. Mas veja por outro lado, sentimento é onde está tudo baseado. Constroem sonhos e alimentam amores. São eles que nos dão a dica pro que fica. Se os sorrisos dão às lágrimas a vez, vale a pena essa insenatez? (Sempre digo isso pra elas). Quando o orgulho dá lugar ao silêncio, vale a pena esse lamento? O ciúme muitas vezes não se deixa ver, e você sem perceber deixa que ele ache o pior lugar que ele merecia ter. A fraqueza do homem está em achar que ao se manifestar verdadeiramente enfraquece, quando na verdade engrandece e consequentemente fortalece. Tolo aquele que por essa história não se enaltece, porque no fim essa é a verdade que prevalece. Ache alguém pra lhe dizer que as pessoas hoje em dia não amam como deveriam porque não acharam a pessoa certa para amar como achou você. Declare-se, por que não? É dessa sinceridade que se faz uma relação.

sábado, 16 de janeiro de 2010

O banco

Não, não venha me dizer que tudo passou
A aurora nasceu e tudo que sei
Vai além de onde estou

Quero ver os passos daquela menina
Aonde vão dar
Deixe-me em paz, não vou me atrasar

As pegadas antes firmes no chão
Agora não passam de flutuação
Ela se perdeu numa outra paixão

Continuo sentada no banco da praça
O segundo, o minuto, a hora se passa
E tudo o que sei vai além de outro amor

Novembro de 2006.

Não sei se vocês vão gostar, mas como estou a muito tempo sem postar é só pra dar um colher de chá ...
Gosto desse não por causa da construção em si, mas por causa da musicalidade =)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

...

Quando o som do lápis no papel invade meus ouvidos, tudo mundo afora fica esquecido, os pensamentos ficam esclarecidos fazendo completo sentido ... Ah essa sinfonia da poesia, me fascina essa fantasia, essa magia de sintonia ...
Já é tarde ...
Mas se o mundo pudesse ver as palavras como eu as vejo ...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Os últimos serão os primeiros

Tempo de boas festas pra mim de certa forma sempre foi sinônimo de surpresas. Não necessariamente ruins ou boas. O mais surpreendente é receber saudações de quem você menos esperava. Ou botar um ponto final aonde não era possível colocar nada. Mas ainda mais surpreso que é a atitude que alguns decidem tomar, é descobrir como você reage a elas. É que nem eu vi esses dias em um episódio de um seriado onde disseram que algumas vezes você não sente falta de alguém, mas falta de como aquela pessoa conseguia te fazer sentir. E aí eu descobri essa busca eterna do prazer de uma companhia pode ser sempre resgatada se bem valorizada. O sorriso pode nunca mais ser o mesmo, mas que importa se o carinho não muda?