domingo, 15 de julho de 2012

De madrugada...

Não tem ninguém que conheça você como a madrugada. Nem você mesmo. De madrugada, do lado de fora nada se vê, mas do lado de dentro tudo acontece.

É a madrugada que vigia seu sono e espia seus sonhos. Dentro dela você se revela. Se está acordado, ela escuta os seus pensamentos e descobre todos os seus sentimentos. Se você chora, ela te abraça e com a escuridão profunda você acaba caindo no sono em meio a tantos soluços no breu. Se você sorri, ela te alimenta com um tempo de vento. E sem perceber, ela amanhece sem deixar de observar os mínimos traços seus.

A madrugada tão bela e calada... Embala as piores tristezas e as maiores alegrias. A espera pela certeza e as noites de agonia. Os tempos de fraqueza e os tempos de calmaria.

As lágrimas mais amargas - cujo peso torna qualquer travesseiro desconfortável - e os sorrisos mais sinceros - cujo semblante torna o sono mais afável.

Ah... Se as madrugadas fossem gente!

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