terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O galho


A seca secou minha emoção
O galho florido, foi seco no chão

A seca secou a minha razão
O galho seco não tem salvação

A chuva choveu no meu coração
Nos olhos escorreu minha oração

O galho secou, o galho floriu
Ora penou, ora sorriu

A vida assim, ciclo sem fim

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Refrescante



Um refresco para a vida é...
Final de semana, relaxar
Cochilo com chuva, descansar
Viagem nas férias, passear
Rever os amigos, papear
Escutar uma música, dançar
Semear um carinho, abraçar
Beijos de amor, amar

Ver o mundo melhor do que ele é, acreditar

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Professor é quem...

Ensina? Ao pé da letra, só. Dentro de um universo de missões, ensinar é uma entre muitas outras. Professor é quem te dá asas e ainda te ensina a voar.

Educa? Também. Se educar, é dar exemplo, quer melhor do que ser um professor? Professor não sabe tudo, mas compartilha tudo que sabe.

Acredita? Conheço muitos que têm por sobrenome perseverança. Professor é quem não desiste de você.

Briga? Diariamente. São guerreiros imbatíveis: por seus alunos, por melhores condições de trabalho e por reconhecimento.

Acima de tudo, professor é quem ama. Toda a arte das missões que carrega um professor é dominada porque eles têm amor ao ministrá-la.

A todos os professores que inspiraram a minha vida, em especial a você mamãe.


Você foi e é a professora mais importante da minha vida. Falar é uma vitória que a sua dedicação tornou possível. Crescer, vencer meu preconceito e me aceitar como sou, só se concretizou por causa da sua sabedoria e paciência. Eu ter acesso a tecnologia de ponta e desfrutá-la, mesmo com limitações, barreiras e dificuldades, só é realidade porque você perseverou e insistiu. Chegar onde cheguei só o fiz porque você nunca deixou de acreditar em mim.
Deus te deu a missão de ser minha mãe porque sabia que não poderia ser outra que não a melhor professora que já vi na vida.

Te amo, feliz dia dos professores.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Livre!

Dentro de ti
Virei aprendiz da vida
Mas hoje, te quero
Como nunca quis, querida

Foi mais fácil do que pensei
Dizer adeus
Meu pensamento jamais
Verdadeiramente te pertenceu

Não sinto falta da briga de egos
E da intelectualidade sem fim
Mas da beleza da sua natureza
E dos amigos, isso sim

Foi bom te viver
E ter que ler
Coisas que nunca leria

Preciso dizer
Você me fez ver
Coisas que nunca veria

Não me odeie
Não te quero mal
Só quero que meus muitos 'até logo'
Transformem-se num belo 'tchau'

Você foi muito importante
Na minha história
Mas nosso final
Não tem escapatória:

"Valeu, foi bom, adeus"

UnB sua linda, não te pertenço mais.
Poeminha tosco para expressar a felicidade da minha liberdade.

domingo, 28 de julho de 2013

Até logo?

É possível viver uma vida inteira de adeus, e nunca aprender a dar um? É fato consumado que no curso do tempo temos que nos despedir de muitas coisas, e na grande maioria das vezes não há escolha.

Guimarães Rosa disse que despedir dá febre. Dá febre porque ninguém escolhe se despedir, a vida é assim mesmo. Por maior que sejam as nossas crenças, por mais fortes que sejamos, ou por mais que você tente se preparar... Nunca estamos prontos pra dizer adeus. Cada pessoa se despede no tempo de Deus.

Despedir-se dá febre, mas febre dá e passa. Só fica doente da saudade, quem deixar o amor calar.

É como quando a gente viaja pra algum lugar que é como um lar: na hora de despedir a gente tenta se convencer que é um até logo, mas sente como se fosse um adeus. De tanto vir, sabemos que um dia não haverá para onde voltar, senão só para as lembranças do nosso coração.

O percurso do tempo é mutante: a gente dá as boas vindas, compartilha, se despede, e espera voltar um dia de novo. Porque pra aprender, a vida é infinita.

domingo, 30 de junho de 2013

Poesia a dois


Você sabe que gosta de alguém quando a companhia dele te faz bem; quando conversar com ele é tão agradável que nem se vê o tempo passar; quando escolhe ele pra ser seu companheiro de cinema; e quando até estudar as matérias chatas de ensino médio fica menos tedioso do lado dele (eu e você-amigo, quando a gente se conheceu).

Você sabe que ama um amigo quando percebe que escolheu ele pra vida toda e imagina-o comemorando junto a ti todas as etapas que ela tem; quando é ele seu ombro amigo, seu porto seguro; quando você o admira cada vez mais, à medida que o conhece; e quando vê que o sorriso dele faz o seu também (eu e você-melhor-amigo).

Você sabe que gosta de um homem quando uma mensagem dele causa borboletas na barriga; quando vê ele, lindo e perfumado, e seu coração bate mais forte, desejando um beijo; quando passa a querer que ele estivesse com você em qualquer ocasião; e quando torce pra ver ele todos os dias, ganhar um abraço e sentir seu cheirinho (eu e você-namorado).

Você sabe que se apaixonou por um homem quando se sente a mulher mais feliz e amada do mundo só porque ele te olhou diferente, colocou a mão na sua cintura, fez um carinho no seu cabelo, ou abriu a porta do carro pra você; quando o desejo, a saudade e a felicidade parecem não caber dentro do seu peito e você quer cantar pro mundo seu sentimento; quando estava desacreditado e começa a acreditar que o amor existe; e quando, deitada e acolhida em seus braços, todos os problemas desaparecem e seu coração se enche de calma (eu e você-príncipe).

Você sabe que ama um homem quando percebe que ele não é perfeito, mas o ama tanto quanto se fosse; quando vê nele um companheiro para as horas boas e ruins; quando não tem dúvida de que juntos vocês podem enfrentar qualquer coisa; quando está disposta a ser uma pessoa melhor por ele e vê que ele faz o mesmo por você (eu e você: o homem da minha vida).

Na poesia a dois, o amor é dualista: ora é utópico, ora realista. A chave do segredo é saber dosar: enquanto a fantasia adoça o sentimento, a realidade conduz o relacionamento.

Obrigada por quatro anos de maravilhas e realidades.

Te amo, Lê.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Andando na rua

Fim de tarde e de expediente. O sol se punha majestoso dando um espetáculo naquele dia frio de inverno. Melissa pegou suas coisas, desejou a todos um bom fim de semana e entrou no carro para ir embora.

O caminho para a academia era nada agradável. Muitos carros na rua e era preciso ter paciência com a lentidão tartaruguetária daquela hora. Mas às vezes o que mais incomodava mesmo eram as lembranças. Passava todo dia pelo parque de Ana. Lá vivera aventuras infantis: o medo do foguete, o balanço alto demais, e os escorregas que faziam cócegas na barriga.

O caminho da academia margeava todo o parque. O parque lhe trazia tantas memórias... Mel lembrava muito bem do dia que subiu numa árvore para apreciar um belo sorriso. Aprendeu que bater num poste dava muito mais dor de cabeça do que só o carro para consertar. E em meio às ruínas de um castelo, ganhou um beijo. Um beijo doce.

Pior foi um dia, que quando passava pelo banco escondido das árvores, a rádio cantou Veloso e ela lembrou de si mesma cantando: quando a gente gosta, é claro que a gente cuida. Sem entender o porquê de partirem seu coração, ela indagava-se como foi que o doce podia ter se transformado em amargo.

Naquele dia, na ida para a academia viu uma mulher atravessando a rua. Cabelos curtos - castanho escuro -, de saia e blazer pretos e de andar cansado em cima dos saltos. Na mão que segurava o celular ao ouvido, uma aliança prata. Na vida existem tantos encontros e desencontros, e muitas vezes a gente não sabe explicar o porquê das coisas. Melissa a viu atravessar a rua... A moça tinha nos lábios um sorriso de quem tem um beijo doce quando chega em casa. Do outro lado da linha, Melissa não podia ouvir, mas sabia que era o moço do beijo amargo.

Já se pegou indagando que as coisas acontecem e você não consegue acreditar que é pura coincidência? Pra quem é cético, o mundo não tem mistério nem magia. Mas pra mim não restam dúvidas de que os sentimentos e pensamentos possuem uma força magnética que o ser humano desconhece. 

Cada pessoa que passa na nossa vida deixa um rastro, uma lembrança, uma lição. E quando elas deixam de fazer parte da sua rotina, o que fica é um sentimento. Com o tempo, ele apaga ou perdura.  Só depende do que ela significou pra você: uma passagem ou uma presença, é o que faz a diferença entre ser esquecido ou permanecer na lembrança.