As pessoas vivem me falando que eu vivo em uma bolha cor de rosa que se chama inocência. Sei muito bem que não vi quase nada da vida, mas isso não quer dizer que a vida não tenha me visto quase nada. É fácil julgar. Difícil mesmo é tentar compreender o seu próximo e ouvir o que ele diz independentemente de quem seja.
Eu sei, por exemplo, que tristeza é uma coisa que parece não ter fim e gruda como carrapato. Mas sei também que passa, por mais que isso pareça uma farsa. Sei que ela chega e nos torna vítima como uma presa abocanhada por uma serpente ágil. E que se livrar não é nada fácil. Só que não é impossível, não é mesmo?
Sei que ilusão às vezes é tão doce que fica irresistível não provar. Você prova tantas vezes achando uma delícia ter aquela esperança vã, que nem percebe como ela entra devagarzinho e envenena toda a sua alma. Resistir a tentação de provar a ilusão parece quase tão difícil quanto enfrentar a realidade. Mas todo mundo sabe que não tem outra saída melhor que a verdade.
Eu sei de poucas coisas. As coisas que sei na teoria ainda não consigo colocá-las em prática. Mas eu sei de uma coisa que a vida me ensinou. Nada vale a pena se for às custas da sua tristeza. Um ser humano não consegue viver se não for feliz.
É por isso que me recuso a não acreditar no amor. Digam o que quiserem, mas um ser humano precisa de amor pra viver. Porque amor é o que traz felicidade pro nosso coração. Eu sou feliz quando ganho um cafuné da minha avó, quando posso ensinar o meu avô, sair com minha família, quando vejo o sorriso de um amigo ou quando ganho um beijo. Ser feliz é amar e ser amado.
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