Minto? Ah tá...

Covardia é ... Não sentir compaixão. É se omitir por orgulho e não lutar por um amor. É deixar alguém se humilhar por amor e fazer dos sentimentos dele caprichos do seu bel prazer. É não admitir que perdeu para protelar sofrimento em vez de encarar a realidade e buscar novas conquistas. É gastar o que não tem, porque tudo nessa vida tem limite e é preciso reconhecer o seu. É sentir autopiedade e não agir em prol de si. É não reconhecer seus defeitos e apontar o dos outros. É gritar ou humilhar quem não pode responder no lugar de debater ou conversar. É manipular um incapaz. Covardia é não ter fé em si, nem na humanidade.

Falta, que falta?

Sentir falta é lamentar ausência
Saudade é desejar presença

Sentir falta é corriqueiro
Saudade é oposto de passageiro

A falta vem e vai
A saudade nunca se despede

A falta facilmente se distrai
Saudade, nada a impede

Sentir falta é normal...
Saudade é sobrenatural

Saudade é palavra bonita por demais
Pra ser confundida com "a falta que você faz"

Muitas vezes saudade e falta vêm casados
Tudo junto e misturado

Mas
A falta é fogo que água esmorece
Saudade é amor que não se esquece

Lê.

Es"Pê"cial

Tenho medo da escuridão
Mas não com você segurando minha mão

Tenho medo de altura
Mas não contigo abraçando minha cintura

Tenho medo de te perder
Mas você me beija e faz esquecer
Essa ideia boba...

Tenho medo de falsidade
Mas contigo é sempre sinceridade

Tenho medo de tantas coisas...
Mas com você do meu lado tudo fica acertado

Não sabia que aquele primeiro simples beijinho
Ia me colocar no caminho
O que sempre sonhei pra mim

Teamo!

Águas passadas

Você disse que ia embora
E eu te pedi pra não ir
Disse que era chegada a sua hora
Que devia de qualquer jeito partir

Eu tanto, tanto te pedi
Te perguntava se me amava
Você me abraçava e chorava
Olhando pro chão...
Me pedia compreensão
Mas eu via que só agia com a razão

Você foi sem me dizer adeus, só um abraço
E eu fiquei naquele breu, sem ferro nem aço

Corri uma maratona sem fim pra te encontrar
Mas você se perdeu de mim, não adiantou tentar

Tempo passado
Caquinhos mal colados
Você me procurou
E jurou
Não queria me magoar
Perguntou
Se eu podia te perdoar

Disse os motivos de ter terminado comigo
Disse estar arrependido
Te perdoei e aceitei

Mas não deu certo
Meu amor era grande demais
E pareceu pra você meio tanto faz
Viu que não correspondia
O que achava que eu merecia

Não me arrependo de ter te amado tanto
Sei que tenho, bem guardado, um canto
Especial

Posso não ser sua amiga
E nem fazer partr da sua vida
Mas você foi uma lembrança dolorida
Que hoje é muito querida

Porque sei que sempre quis meu bem
E é isso que desejo também

Não guardo nenhuma mágoa, nem dor ao final
Fica o que foi bom e essencial

Cada um no seu caminho
Preservando um carinho
Que nunca deixou de existir

O último dia

Hoje fui a praia pensar sobre a vida
Sempre acontece em clima de despedida

Pensei tanto e nenhuma conclusão
Mas era preciso tomar uma decisão
Daí me chega um cidadão
Dizendo: "Sou daqui não"
Pedindo informação

Luiz da Bahia
Mal ele sabia
Que ia me dizer
O que preciso aprender

Ele disse acreditar
Que o amor verdadeiro
Todas as coisas há de superar

Sem nem eu pedir
Deu-me muito o que refletir

Às vezes os sentimentos
Atrapalham demais os pensamentos
E vice-versa
Mas no fundo só uma verdade interessa
A da razão? Ou a do coração?

Os terríveis

Qual é a diferença entre medo e angústia? O medo é momentâneo, a angústia se arrasta. O medo é espontâneo, a angústia sorrateira. O medo é intenso, a angústia consequência. O medo consome, a angústia corrói. O medo destrói... A angústia demole. O medo tira seu fôlego, a angústia seu sossego. Em alguns casos o medo protege, instinto. A angústia mata. O medo é inquietação, a angústia devastação. O medo é pavor, a angústia pesadelo. O medo se supera, a angústia é longa espera. O medo é dor, a angústia é agonia. 

Enfrenta-se o medo, lamenta-se a angústia. 
Um é esgoísta e outra mesquinha...

Riso Triste

Eu tinha por volta de uns quinze anos quando me apaixonei perdidamente pela mulher mais linda de todos aqueles ranchos. O nome dela era Sofia. Mas ela só como amigo me via... Lá na fazenda éramos só nós dois e o mundo lindo de natureza que tinha lá. Fazíamos tudo juntos. O plantio, a colheita, a escola e as lições... Até que um dia chegou um homem lá naquelas bandas. Um moço bonito, charmoso... Mas muito traiçoeiro, logo se via. Tinha fama muito ruim. Mas Sofia se encantou... E o deslumbramento disfarçou direitinho o fingimento. Cada passo que ela dava até ele, era um passo que se distanciava de mim. Eu, eu.. Eu tentei avisar! Eu cheguei a implorar! Sofia me xingava cafona, careta. E minha preocupaçāo era tão grande que chegou num ponto de um conformismo inconformado.. Que era que eu podia fazer? As escolhas erradas são sempre certas na sua própria vista. Eu amava tanto que de noite, chorava rezando pedindo que não fosse tarde demais quando se arrependesse de suas escolhas. E choro até hoje...

A moral da história é que só existe uma pessoa capaz de convencer você a mudar de ideia: você mesmo. Alguns se importam o bastante pra levar em consideraçāo o que existe em volta. Os restantes desses, ainda nāo descobriram o que importa de verdade. E desses, alguns descobrem tarde demais...

Impotência não vem ao caso quando suas mãos estão atadas, não pela situação.. Mas pela própria pessoa.
Aquela que não vê, não ouve e não fala.
E mesmo assim você ama.
Com aquele riso triste.